Muranos, objetos de arte em vidro soprado
A história do vidro de Murano começa na última década do século XIII.
Em 1291 todos os cristaleiros de Veneza foram obrigados a exilar-se em Murano, devido ao grande risco de incêndio existente, uma vez que a maioria de seus edifícios eram feitos em madeira.
A arte do vidro era restrita a algumas tradicionais famílias do Vêneto. Seus segredos e paixão têm sido transmitidos de geração em geração, inalteradamente, até os dias de hoje.
O vidro é feito com areia de quartzo, chumbo e outros materiais, que são dispostos em um forno a uma temperatura de quase 1.500 graus centígrados, convertendo-se em uma substância em estado de brasa. Logo em seguida, extrai-se esta massa com um instrumento intitulado ‘cana’ que será resfriada no interior de um forno, até que o material resultante possa ser manipulado pelo artesão, mais ou menos à temperatura de 1.250 graus.
A delicadeza e beleza do vidro foram reforçadas nas obras de grandes pintores como Titian no “Bacchanal de Andri” e Caravaggio, cujo “Baco” segurava um cálice em Murano.
As fundições aperfeiçoaram-se e o espírito competitivo existente entre as cristalerias de Murano, fizeram com que esta arte não parasse no tempo. Hoje são criados vários objetos contemporâneos com igual beleza e harmonia, adequando-se às necessidades e gostos do nosso tempo.
Imagens:
Seguso Murano
Lu Murano
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