Bombeiros, heróis de Minas Gerais

Três anos depois do rompimento de uma barragem em Mariana, Minas Gerais, a tragédia se repetiu. Uma barragem de rejeitos da mineradora Vale se rompeu em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte. Um mar de lama destruiu toda a região. Centenas de pessoas estão desaparecidas e as buscas continuam.

Antes de atingir os córregos e rios inundando parte da comunidade da Vila Ferteco, o lodo cor de ferrugem inundou a área administrativa e o restaurante, onde os funcionários se encontravam.

Existem muitas áreas de gerenciamento de rejeitos em todo o mundo e que não são problemáticas. The Economist publicou um número de 3.500 áreas de contenção convencionais em todo o mundo, mas para o Brasil isso, definitivamente, não importa!

Vidas, famílias e meio ambiente foram destruídos, por irresponsabilidade e ganância dominantes em um capitalismo selvagem. O prejuízo é inestimável e jamais poderá haver alguma indenização que seja suficiente para ressarcir essas pessoas.

Sabemos que no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas existem 27 barragens na lista das estruturas que devem passar por uma fiscalização imediata, em razão de estarem enquadradas com Dano Potencial Associado (DPA) alto. A relação foi divulgada pela Agência Nacional das Águas (ANA). O dano causado em situação de acidente ou rompimento é classificado quanto a dano alto, médio e baixo, de acordo com as infraestruturas e populações localizadas abaixo da barragem. Esperamos soluções imediatas a fim de evitar futuros desastres.

Minas Gerais e os brasileiros estão de luto. A dor é imensurável e nos fragiliza. Não gosto de postar nada triste, mas esse é um momento muito delicado pelo qual estamos passando e não poderia deixar de manifestar a minha dor, revolta e solidariedade a todas as vítimas desta tragédia anunciada.

Valeu a pena, Vale?